Sobre pesquisa e outras infâmias

Diário de campo de dois espectadores e um pródigo bucaneiro.

terça-feira, novembro 07, 2017

Histórias inacreditáveis de alunos inverossímeis:


Hoje, madruguei disposto a finalizar de uma vez por todas o atribulado semestre corrigindo alguns trabalhos que me foram entregues com atraso. Dei uma “vista de olhos” por um texto que visivelmente não tinha sido escrito pelo (a) aluno (a)... (perdão, meus pré-julgamentos nestes casos as vezes funcionam).

O trabalho em questão não suportou duas ou três buscas no Google. Assim, começaram a aparecer como ratazanas os trechos plagiados de sites na internet.
Depois disto evitei “morder a carne do inimigo vencido”, porém, acho que não consegui segurar um sorriso que apareceu flutuante no rosto.

Mal sabia eu que a surpresa maior viria de um segundo trabalho, também plagiado da internet. Só que desta vez o fato me fez mergulhar num misto de perplexidade e estranha alegria. O (a) aluno (a) copiou um texto da minha autoria de uma revista on-line que coloca o nome dos seus colaboradores somente no final dos artigos.

O aluno não teve a paciência de ler o texto até o final. Só assim saberia que seu professor o tinha escrito. O professor da disciplina. O professor que avaliaria o trabalho final que ele estava digamos assim...construindo.

Moral da história. Não é suficiente ter o sangue frio para quebrar a ética acadêmica na hora de cometer o crime de plágio. O criminoso deve dar-se o trabalho de observar com mais acuidade, ter cautela e ler até o final o material a ser plagiado. “A pressa é inimiga da perfeição”, até nas baixas veredas intelectuais. (ou principalmente nelas...)

Depois a gente vê por aí filas de cidadãos “formados” querendo vender suas almas ao Diabo e nem um único Diabo que queira comprá-las... Pequenos mal-feitores atrapalhados e perseguidos pela própria angústia.

Acho que depois desta já tenho alguma coisa para contar neste mundo da Educação Superior Privada no Brasil.



Abraços do Eladio Oduber.