Tempos Pornográficos
Manoel de Barros tem razão: "a metáfora expande o mundo". Produzir imagens literárias da existência nos devolve a saudável claustrofobia do pragmatismo.
Quanta pobreza suportei até descobrir que um cacho de uvas é uma condensação da noite. Quanta penúria vivi até entender
Manoel de Barros tem razão: a metáfora explode o mundo. A objetividade não é um vício das pessoas
Antes do Cervantes o vício dos tempos era o pensamento analógico: as coisas do mundo tinham um espelho idealizado no supra-mundo.
Então a rebelião da literatura nos trouxe a ironia. Os artistas interrogaram-se
Diferente dos sarcásticos que sorriram com prazer em quanto mordiam o cadáver do inimigo vencido.
Percamos tudo
Em verdade os digo: percamos tudo exceto a metáfora. O mundo nos entrega o mundo feito. È preciso carregá-lo
Hoje 28 de outubro
“A chuva tem um vago segredo de ternura. Algo de sonolência resignada e amável.
“Oh
Conferir: Garcia Lorca: Obras completas / Octavio Paz: Hombres em su siglo.
PS: Entre os dois versos de Lorca há mais nove “uni-versos”
* Paráfrases desonestas extraídas do Otávio Paz de um capítulo “in memoriam” ao seu amigo Kostas Papaioannou.