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“... Por que a lua está nos seguindo?...”
Ana Cecilia, sexta feira 29 de Junho de 2007 20:00 horas, no carro.
Como é possível saber se sacrificar o intelecto é mais adequado que desconfiar do intelecto? Sacrifica-se o intelecto para aceitar os dogmas da política, da ciência ou da religião. Desconfia-se do intelecto para abraçar as filosofias holísticas e outros pontos de vistas míticos ou proféticos.
Dois gestos que pertencem a um eterno ciclo. Assim como também pertencem a este ciclo as queixas de Aristóteles sobre os jovens alunos que faltavam com o respeito aos professores ou os desvios de recursos na construção de pontes na Roma antiga, ou a estratégia reducionista da igreja medieval ao colocar todas as filosofias sob a rubrica de paganismo.
Um exemplo próximo... Quando o sol aparece na nossa janela, Ana Cecilia desabrocha a intenção de “dedicar-se incondicionalmente a uma tarefa”: BRINCAR. È um desejo metálico, único, compacto, poderoso, explosivo, brilhante, incontestável... Talvez, com o passar dos anos, esse desejo irá a empanar-se e, provavelmente, ficará soterrado nas camadas geológicas das obrigações ou dos medos. Daí que, o resto dos nossos dias adultos os invistamos na exumação dos túmulos que outrora deram sentido e movimento às nossas pequenas existências.
Eladio Oduber, baseado numa conversa longa e noturnal com Cinthia Oliveira.
Imagem: Olhos D’agua/ Eladio Oduber. Julho 2007
Como é possível saber se sacrificar o intelecto é mais adequado que desconfiar do intelecto? Sacrifica-se o intelecto para aceitar os dogmas da política, da ciência ou da religião. Desconfia-se do intelecto para abraçar as filosofias holísticas e outros pontos de vistas míticos ou proféticos.
Dois gestos que pertencem a um eterno ciclo. Assim como também pertencem a este ciclo as queixas de Aristóteles sobre os jovens alunos que faltavam com o respeito aos professores ou os desvios de recursos na construção de pontes na Roma antiga, ou a estratégia reducionista da igreja medieval ao colocar todas as filosofias sob a rubrica de paganismo.
Um exemplo próximo... Quando o sol aparece na nossa janela, Ana Cecilia desabrocha a intenção de “dedicar-se incondicionalmente a uma tarefa”: BRINCAR. È um desejo metálico, único, compacto, poderoso, explosivo, brilhante, incontestável... Talvez, com o passar dos anos, esse desejo irá a empanar-se e, provavelmente, ficará soterrado nas camadas geológicas das obrigações ou dos medos. Daí que, o resto dos nossos dias adultos os invistamos na exumação dos túmulos que outrora deram sentido e movimento às nossas pequenas existências.
Eladio Oduber, baseado numa conversa longa e noturnal com Cinthia Oliveira.
Imagem: Olhos D’agua/ Eladio Oduber. Julho 2007
4 Comments:
Oi Eladio, creio que cabe aos pais ensinar aos filhos que devem ter gosto pelo gosto - as crianças repetem muito nossos trabalhos. se trabalhamos em algo prazeiroso elas têm um espelho pra serem felizes...
adorei a observação da Aninha sobre o sol... constará de sua biografia não é?? beijos
Querido Eladio,
seus textos sempre me levam a muitas reflexões e suas pinturas estão cada vez mais lindas. Tudo sempre maravilhoso. Beijos
linda imagem.
brincar sempre!
Maestro!!
Que lindo seu blog.
Li vários textos. Todos muito interessantes.
O quadro do Bird ficou espetacular.
Um grande abraço e divirta-se!!
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